Momentos de paz e interioridade

«Os currículos e as estruturas das nossas escolas estão baseados na suposição de que os estudantes que vêm para a escola trazem satisfeitas as suas necessidades psicológicas e de segurança» (Kunc 1992, p 381).
Como aprender-viver com corpo cansado ou agitado? Com mente e alma povoadas de irrelevâncias e imagens tóxicas: fantasias de menor esforço, de abandono e inferioridade, de falência ou desistência, de figurante de ser?
Os momentos de paz incluem dar-se conta dos factores de incómodo ou sofrimento, sugerindo e exercitando meios de apaziguamento e superação.
Faz-se paz em três áreas: a área fisiológica ou das sensações e emoções; a área psico-afectiva ou dos sentimentos, crenças e pensamentos automáticos negativos; a área das experiências relacionais negativas: abandono, desvalorização, violência…
Os momentos de consciencialização e de paz não são apenas terapêuticos ou correctivos, mas também de gozo da paz que já se tem e sente. Oferecem, por isso, aos professores e aos estudantes, benéficos momentos de interioridade, de tu-a-tu pacífico e pacificador com a realidade, consigo próprios e com Deus (cfr. Fernandes, J.A. 1999, pp. 89-92).

«Não basta amar os jovens, é preciso que eles se sintam amados» (D. Bosco)
«O ser humano não vive onde mora, mas onde se sente amado» (Bernanos)