Quem sou? Quem decido ser?
«Quando o erro se torna lei, a obediência é crime e a resistência obrigação!»
Sou quem decido ser?
Em cada momento da vida, o ser humano é “filho do seu passado e pai do seu futuro” (Viktor Frankl). “É ele próprio e as suas circunstâncias” (Ortega y Gasset), na certeza de que “não existe circunstância alguma que possa obrigar o ser humano a ser aquilo que ele decide não ser” (Viktor Frankl). Cada instante da vida é tempo inadiável de ser e de tornar-se mais humano.
Embora hoje lhe seja descaradamente “exigido” que seja apenas cliente passivo e, possivelmente, divertido das circunstâncias que lhe são ideológica e politicamente impostas, as matrizes, vocação e destino do ser humano não são nem podem ser de subserviência e silêncio, mas sim de responsabilidade solidária, liberdade criadora, respeito fecundo e amor fraterno.
O ser humano “salva-se” na medida em que “salva” as próprias circunstâncias essenciais (cfr. Ortega y Gasset). Naturalmente que entre estas estão as circunstâncias decisivas: os outros seres humanos. E estes, fundamentalmente, é impossível conhecê-los. São eles que decidem ou não dar-se a conhecer, através da comunicação, sobretudo da comunicação-amor. Definitivamente, “salvamo-nos”, e às nossas circunstâncias, querendo-nos bem incondicionalmente.
Este é mais um item essencial do currículo integrado com a vida.
Perguntas-chave
A família e a escola católica são os ambientes onde, irrenunciavelmente, o ser humano aprende a ser e a construir-se em, apesar e até contra quaisquer circunstâncias, por mais adversas ou perversas que sejam. Tal acontece, aprendendo a responder às perguntas-chave do sentido da vida: Quem sou eu? Para quem sou? Por Quem caminho e vivo?
Se assim não acontecer, família e escola católica fracassam para todas as, globalmente bem organizadas e soberbamente financiadas, “ideologias falsamente humanistas” (cfr. Bento XVI).
Numa síntese facilmente memorizável, o Projecto Sofia propõe que o currículo educativo-familiar-escolar, seja declaradamente “salvador” das circunstâncias essenciais dos educandos. Integra cinco matrizes de ser e de intervir: espírito, inteligência, valor, liberdade, amor.
Como laboratórios essenciais do sentido da vida, família e escola católica dão o seu melhor para consciencializar o ser e o intervir, ensinando e palmilhando caminhos do “homem velho” para o “homem novo”.