Perguntas desesperadamente à espera de resposta…
“Adão, onde estas?”
“Caim, que fizeste ao teu irmão?”
Quem sou eu? Onde estou? Com quem e para quem sou? Quem procuro? Por Quem caminho e vivo?…

“Se Deus me pusesse numa mão toda a verdade e na outra as perguntas sobre a verdade, eu escolheria a mão que interroga.”
Gotthold Ephraim Lessing
«As respostas definem, encerram o pensamento e a esperança. As definições só servem para as coisas. Definir pessoas é matá-las.
As perguntas sugerem, libertam e convidam a ir mais além, nas coisas, nas situações e, sobretudo, nas pessoas.
É de temer a ideia de não haver nada a esperar, a não ser uma existência repetitiva. As perguntas são um dom que ninguém espera…
… O poeta Rainer Maria Rilke exorta a “viver bem cada pergunta”, a não correr depressa de porta em porta, de livro em livro, de mestre em mestre à procura de respostas. Há que gostar das perguntas e deixá-las parir lá dentro e cá fora.» E duas perguntas tem Deus desesperadamente à espera de uma resposta-parto: Adão, onde estás? Caim, que fizeste ao teu irmão?
Em consequência, as perguntas-chave a que a humanidade precisa de responder sem adiamentos não são: Que devo fazer? Como devo ser? Mas sim: Quem sou eu? Com quem e para quem sou? O que é que vive em mim? Onde estou? Quem procuro? Por quem caminho e vivo?
Sou, caminho e vivo por Alguém que faz feliz o meu coração!
(Citações adaptadas de Ermes Ronchi em “As inquietantes perguntas do Evangelho”. Paulus 2017)